segunda-feira, 30 de março de 2009

Big Tasty - lançamento


Campanha desenvolvida em 5 filmetes, aqui estão 4 deles em que trabalhei.









Título:
“Big Tasty”
Empresa: Mac Donald’s
Produtora: TVC
Direção: Rogério Utimura e Dorian Taterka
Direção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Ass. dir. arte: Ricardo Antunes
abril de 2005

sexta-feira, 27 de março de 2009

Basso & Brooke

A marca Basso & Brooke, reconhecida pela estamparia digital e pelo uso das cores, surgiu em 2003 pelas mãos de Christopher Brooke (ingles) e Bruno Basso (brasileiro), que são, respectivamente, o diretor de moda (modelagem) e o diretor criativo da marca (estamparia).
A mídia especializada passou a prestar atenção na dupla após a coleção vencedora do prestigiado Fashion Fringe 2004, inspirada nas pinturas de Bosch (principalmente na pintura ‘O Jardim das Delícias’).

A gente gosta de brincar, de provocar o chamado bom gosto burguês. Você nunca imaginaria um pênis numa luva para forno.”
Bruno Basso, sobre as estampas ousadas inspiradas em Bosch que eram recheada de peitos, vaginas, pênis, tudo com um toque art-nouveau, e que serviram também para estampar artigos de casa , toalhas de mesa e almofadas, em entrevista a Lilian Pace em 2005.

A coleção out/inv de 2005, que segundo seus criadores era inspirada no ilusionismo, simbolismo e no universo dândi (cartolas e fraques), mostrou peças não muito comerciais com silhueta 80’s (legging, mangas bufantes, jaquetas). Bem recebida pela crítica, passou a fazer parte do acervo do Metropolitan Museum de Nova Iorque.

Silhuetas exageradas (chapéus enormes, plissados), estampas psicodélicas e ainda um ar 80’s é o que pode ser visto na coleção de primavera/verão 2006. Os estilistas disseram se inspirar em donas de casa desencatadas que substituiram os jogos de bridge e o café da manhã por pílulas e coquetéis. São peças com estampas de espelhos, batons, rosas, notas musicais, teclas de piano. Uma prévia desta coleção foi apresentada na São Paulo Fashion Week em 2005.

Mais amadurecidos, apostaram pela primeira vez numa coleção mais comercial para o verão 2007. Com inspiração em viagens exóticas, trocaram os anos 80 pelos 20, e estamparam a coleção ‘Brand New World’ com elefantes, pássaros, flores, mariposas e bambus.

A coleção de inverno 2007 trouxe estampas pixeladas, volumes , caftans. Os anos 20 ainda presente, porém com um toque surrealista. Leveza e suavidade inspirados na mitologia grega e no pintor inglês William Turner.

O verão 2008 apresentou uma coleção com inspiração nos movimentos artisticos do início do século XX (Malevich, cubismo, Kandinsky, Mirò). A estamparia está mais clean, com tons pastéis, aquararelados, e cores, muito diferente das coleções iniciais.

A coleção de inverno 2008 com influência na arquitetura (Norman Foster, Zaha Hadid, Frank Gehry, Gaudi e Niemeyer) mostrarou volumes amplos e formatos amorfos, e desta vez as calçadas de Copacabana estampam algumas peças.

Na Semana de Moda de Berlim, edição primavera/verão 2009, apresentaram uma retrospectiva da marca. Pinçaram peças interessantes e remixaram tudo. Criaram uma imagem complexa, atemporal, instigante, reforçando a idéia de individualidade.

Após uma viagem inspiradora ao Japão, Basso & Brooke transportaram ‘A Lenda de Genji’ para a coleção verão 2009, intitulada ‘High-tech Romance’. Colorida e positiva, são releituras do origami, do obi, e do kimono, com colagens de estampas, miçangas, bordados, e ainda cristais Swarovski. Estampas: borboletas, coelhos, ondas e kanji.

Mais fotos? Aqui.
A opulência barroca e rococó do Rei Louis XIV, o Rei Sol, inspirou a coleção de inverno 2009.
Dourados, pérolas, rendas, folhas de louro e detalhes do palácio de Versailles (como vitrais) estampam esta coleção que apresenta silhuetas simples (com algumas excessões), chiques e alegres. É uma revisão do luxo, com leveza e suavidade, pronta para o mercado. Palheta de cores: roxo e verde real, mostarda, marinho e laranja queimado.

Mais fotos? Aqui.
No site Trend De La Creme eles estabelecem uma ótima relação desta coleção com a obra do pintor cubista Wladimir Baranoff-Rossiné. Vale apena dar uma olhada (aqui)

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"We wanted our shoe to be positive, joyful and above all desirable. We hope this is one pair you'd want to have and keep."***
Basso & Brooke desenvolveram uma linha de papéis de parede para a Graham & Brown. Inspirações: Art Deco, Movimento Memphis. Veja a coleção aqui.
"Working with Graham & Brown on our wallpaper range has been fantastic. It's great to be able to make our prints accessible in the worldwide interior design market"***

Maxi-Maximalism can be a very good neology to express this ultra-modern 'Operatic' feeling, an intentional awake for this new and unexpected esthetic sense, which depends on technology, history, pop culture, sense of humour and imagination all mixed together to become alive.”
Basso & Brooke, ao serem perguntados se eram maxi-maximalistas por Shintaro Miyazaki, jornalista da ‘La Condition Japonaise’.
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As estampas das primeiras coleções me lembram um pouco os muralistas mexicanos, como Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, porém mais irônicos e otimistas.


quinta-feira, 26 de março de 2009

Yulia Brodskay

Olhem este fantástico trabalho em papel da Yulia Brodskay.


Veja mais no site.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pro Ataque - Mac Donald's



Título: “Pro Ataque”
Empresa: Mac Donald’s
Produtora: TVC
Direção: Rogério Utimura e Dorian Taterka
Direção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Ass. dir. arte: Ricardo Antunes
março de 2005

Neste trabalho, entre outras coisas, desenvolvi os uniformes e emblemas dos times.
Foram feitos dois uniformes para o time principal (vermelho e verde) e um para o adversário (azul).

terça-feira, 24 de março de 2009

A Loja Mágica de Brinquedos, 2007

A Loja Mágica de Brinquedos
(2007 - Mr. Magorium's Wonder Emporium)

Direção e roteiro: Zach HelmFigurinista: Christopher Hargadon

Depois que assisti a este filme, sabia que teria que postar alguma coisa, ainda mais porque os grafismos do Barry McGee na me saiam da cabeça.
Achei fantástica a categorização do personagem do Dustin Hoffman, o Mr. Magorium, uma pessoa com mais de 200
anos que é dona de uma loja de brinquedos, não apenas uma loja qualquer, mas uma loja mágica.

Ao longo do filme ele aparece com diversas sobreposições de listras (gravatas, camisas, ternos, pijama), e a forma que esta sobreposição é feita reforça a questão da excentricidade do personagem, ajuda a deslocá-lo da realidade (mesmo hoje em dia todos usando listrado). E é legal reparar que não há uma profusão de cores nas suas roupas, ele não chega a mimetizar a loja, o que garante um grau de sobriedade. Talvez o excesso de cores transformasse ele numa espécie de palhaço, ou em algum brinquedo da loja.
Por coincidência, outro figurino de Hoffman que gosto também é de um filme escrito por Zach Helm, 'Mais Estranho Que a Ficção', de 2006.

Também é digno de comentário o figurino do personagem Eric Applebaum (Zach Mills), o garotinho sem amigos que é dono de uma fabulosa coleção de chapéus (acessório também utilizado para destacar o personagem entre as crianças e reforçar traços de sua personalidade, principalmente o de acreditar na 'magia' da vida).
***
Passei alguns dias pensando em outros figurinos que brincam com estas misturas, mas achei poucas imagens. Se vocês souberem de outros exemplos contribuam!

A moda também faz as suas misturas

Mais sobre 'A Loja Mágica de Brinquedos'? No blog 'Imerso No Tempo'.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Barry McGee

As imagens do artista Barry McGee preenchiam as ruas de São Francisco na década de 80, mas apartir do final da década de 90 o seu trabalho urbano tem ocupado o espaço das galerias de arte.

palheta de cores

Influências? O seu Press-release fala de graffiti dos anos 70 e 80, muralismo mexicano e poesia beatnik.
Eu acrescentaria Op-art (desenhos geométricos e contrastes simultâneos), e Rauschenberg e seus 'combine-paitings'.
As suas instalações e pinturas me trazem idéia de precariedade, de efêmero... Provavelmente por retratar esta sociedade que vive a margem, com seus simbolos e signos próprios. É uma subcultura marcada pela decadência (me parece que aqui um 'q' de maximalismo, e desta vez ligado a representação de classe "inferior", "sem cultura").

Mais sobre Barry Mcgee? Dê uma olhada no site da Deitch Gallery

***
As fotos das suas instalações me remeteram imediatamente a série de quadros do pintor belga David Teniers, do Século 17, que retrata a galeria de quadros do Arquiduque Leopold Wilhelm...
... e depois me lembrou muito a sala de ex-votos de Aparecida do Norte. Provavelmente pela 'acumulação'.
(mais fotos de ex-votos? veja estas da Isabelle Guereiro)