quinta-feira, 16 de abril de 2009

Mc Lanche Feliz Trollz e Transformers - 2006

Quer ver o filme? Aqui.

Título: Mc Lanche Feliz Trollz e Transformers"Empresa: Mac Donald's
Produtora: TVC
Direção: Dorian Taterka e Rogério Utimura
Direção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Figurino: Silvia Figueiredo
Ass. figurino: Ricardo Antunes



Neste trabalho desenvolvemos o figurino de quatro personagens do desenho 'Trollz' (Ametista, Rubi, Safira e Topázio) em dois tamanhos, para crianças bem pequenas e para outras maiores, porém foi decidido filmar a.
Este filme foi feito para ser utilizado por toda América Latina.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ziggy Stardust - 1972/1973

Até 1972, David Bowie havia feito sucesso apenas em 1969 com a música ‘Space Oddity’, que ficou em 5º lugar nas paradas, resumindo, tinha tudo para ser um cantor de um sucesso só. Porém, ao lançar seu 5° albúm ‘The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars’ se tornou a sensação e o cantor mais controverso.


Não foi uma mudança de uma hora para outra, foi um processo de criação (música + imagem). Com a Inglaterra descobrindo na época as fibras sintéticas e a televisão colorida, mas sem perder a influência do passado, Ziggy Stardust era o retrato da época (artificial, alienígena e polissexual).


O fato de ser um álbum conceito não era uma novidade, e nem a idéia de uma banda ficcional (os Beatles fizeram o disco ‘Sgt Pepper ...’ cinco anos antes, e The Turtles já tinham lançado o disco ‘Battle of the Bands’ em que tocam cada música como se fosse uma banda diferente), a questão era a mistura do personagem com o interprete, isso acontecia pela primeira vez na história da música, não dava para saber onde acabava Ziggy e começava Bowie.
Ziggy foi construído como um arquétipo de ‘Rock Star’, auto-destrutivo e pronto para ser endeusado.


A aparência andrógina já aparecia em seu disco “Hunky Dory”, e uma das primeiras mudanças que fez foi cortar o cabelo e tingi-lo de laranja, o que o diferenciava dos outros cantores da época, todos cabeludos.


O figurino inicial, de Freddie Burretti, partiu de uma inspiração no figurino do filme ‘Laranja Mecânica’ (A Clockwork Orange, 1971), mas mudando a cor, acrescentando brilho, estampas floridas, e dois cílios postiços ao invés de um só. Uma leitura ‘dadaista’ segundo Bowie. O figurino desta fase era basicamente composto de macacões de cores e materiais diversos.


O figurino foi evoluindo. Peças eram desenvolvidas para turnês pelos Estados Unidos, pela Europa, para apresentações na TV. Neste período Bowie teve a colaboração de Natasha Korniloff.


Algumas peças chamam bastante a atenção, como os macacões de tricot.



Bowie que se apresentava já de forma teatral, levou o personagem para o palco e para as ruas. Com a ajuda de seu empresário, Tony Defries e com as declarações de Angie, sua esposa na época, Bowie construiu a personalidade controversa de Ziggy. Não era apenas a música que importava, a sua vida fora dos palcos também contava. E o figurino era parte importante da construção deste personagem, reforçando o caráter exótico e ‘espacial’.

A roupa da direita, feitas com tecido prata metálico com listras rosa choque e azul intenso e com ombros acentuados e calça capri, era usada geralmente para cantar ‘Space Oddity’.

Para um concerto em 1972 Bowie comprou uma roupa de Kansai Yamamoto em uma loja em (roupa que foi depois refeita por Natasha Korniloff). Foi o primeiro contato com o estilista que viria a desenvolver os figurinos para a turnê de 1973. Era uma mistura de ficção científica e teatro Kabuki, com looks andróginos e extravagantes.



“Ele tem um rosto incomum, não acha? Ela não é homem nem mulher, se é que você me entende. Isso combinou comigo como designer porque a maioria das minhas roupas são para ambos os sexos. Eu amo a música dele e, obviamente, ela influenciou minhas criações. E ainda há essa aura de fantasia que o rodeia. Ele tem talento!”

Kansai Yamamoto sobre David Bowie, junho de 1973



“I wasn’t surprised Ziggy Stardust made my career. I packaged a totally credible plastic rock star – much better than any sort of Monkees fabrication. My plastic rocker was much more plastic than anybody’s.”
David Bowie


“The legacy of Ziggy (..) lies most explicitly in sexual politics, expressive freedoms and theatrical possibilities. Contributions from the fields of music, fashion and design cite the creation of Ziggy among the boldest and most intricate of artistic statements.”
Vivienne Gaskin, para o programa da apresentação “Rock and Roll suicide” (reapresentação do show de despedida de Bowie como Ziggy Stardust – o espetáculo foi recriado pelos artistas plásticos Iain Forsyth and Jane Pollard, mais no site)


Sem sombra de dúvida, Ziggy Stardust influenciou muita coisa que surgiu depois (indireta ou diretamente), e garantiu transformar David Bowie em um músico famoso até hoje, e com diversos sucessos.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Copa de Sabores e Copa Mac Donald's - 2006



Título:
Copa de Sabores"
Empresa: Mac Donald's
Produtora: TVC Direção: Dorian Taterka e Rogério UtimuraDireção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Figurino:
Tata Nicoletti
Ass. figurino: Ricardo Antunesjunho de 2006

Este foi meu segundo trabalho com a figurinista Tata Nicoletti, e também meu segundo filme como assistente de figurino para um comercial do Mac Donald's.
O primeiro trabalho foi o filme institucional "Copa Mac Donald’s", feito especialmente para a Copa. Infelizmente não achei no Youtube o vídeo deste trabalho, é uma pena, porque gosto bastante do resultado e foi um trabalho bem puxado (passamos uma semana no interior filmando diversas cenas de arquibancada, jogos de futebol e também grupos étnicos).

Na pré-produção fiquei encarregado de desenvolver os uniformes e emblemas de todos os times.
Alguns uniformes e emblemas

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Perdigão 2008



Título: Amor à Primeira Vista"
Empresa: Perdigão
Produtora: Maria Bonita Filmes
Direção: Robério Braga
Direção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Ass. dir. arte: Ricardo Antunes

maio de 2008

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Nestea 2005

Filme 'Happy Hour'



Filme 'Choque'



Título: “Happy Hour" e "Choque"
Empresa: Coca-Cola / Nestea
Produtora: TV Zero
Direção: Octavio Scopelleti
Direção de Arte: Vanessa Monteiro de Barros
Ass. dir. arte: Ricardo Antunes
Figurino: Gardin

julho de 2005

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pushing Daisies - 2007/2008



Diretores: Lawrence Trilling, Adam Kane, Peter O’Fallon, Allan Kroeker e Barry Sonnenfeld. Direção de arte: Kenneth J. Creber
Figurinista: Robert Blackman – figurinista com extenso trabalho em TV (desde 1986) fez o figurino das séries Star Trek de 1989 a 2002 ( The Next generation, Deep Space Nine, Voyager, e Enterprise), além destas, fez o figurino das séries American Gladiators (1991-1993) e Privileged (episódio piloto - 2008).


1- Ned (Lee Pace), dono e cozinheiro do ‘Pie Hole’
2 - Chuck (Charlotte Charles) (Anna Friel), amiga de infancia de Ned
3 - Emerson Cod (Chi McBride), detetive particular
4 - Olive Snook (Kristin Chenoweth), empregada da ‘Pie Hole’

5 e 6 - Vivian Charles e Lily Charles ( Ellen Greene e Swoosie Kurtz), tias de Chuck.

A pesquisa sobre Basso & Brooke me fez lembrar da série ‘Pushing Dasies’ (uma coisa sempre leva a outra!).Assisti a primeira temporada em DVD, e nos extras, tinha um depoimento do diretor de arte falando que foi ótimo trabalhar na Warner, porque eles tinham uma grande impressora que imprimia em qualquer material, e graças a isso podemos ver o quarto de Olive (Kristin Chenoweth) inteiro com a mesma estampa (pijama, papel de parede, roupa de cama, tapete, tudo). Adoraria ter uma impressora dessas...


Não é o máximo isso?
A direção de arte da série é fantástica, assim como a caracterização dos personagens. A linguagem que a arte trabalha tem o mesmo clima do texto e atuação, trabalham em uníssono. O figurino faz referência ao fundo e vice-versa.



São cenários complexos, cheios de referências e informações sobre os personagens, são ambientes ‘participativos’ e marcantes. Como a sala das tias de Chuck, que é repleta de coisas exóticas, que evocam um passado de glória, viagens e reforça a excentricidade das duas.

O designer de produção Michael Wylie descreve o set da série como um "livro e estórias que ganhou vida. Eu queria que tudo parecesse quase como uma ilustração." Ele trabalhou principalmente com vermelhos e laranjas, evitando os azuis, o que foi reforçado pela fotografia, que é mais saturada e quente.
O figurino também chama atenção pela riqueza de detalhes e cores. Ele mergulha um pouco no mundo da fantasia, possui alguns pontos que nos lembram de roupas cotidianas, mas não se prende a isso, existe momentos de puro delírio, como as roupas das tias de Chuck (Anna Friel), que apresentam um número de nado sincronizado.

É um deleite!
Na série também vemos a representação de alguns arquétipos, como Emerson Cod (Chi McBride), um típico detetive particular, como diversos já vistos na TV, e com uma grande pitada dos anos 70.

Um dos meus figurinos preferidos é da garota propaganda dos carros ‘Dente de Leão’, do episódio ‘Dummy’. É muito inspirador.

O figurino de Chuck é deliberadamente desenhado para homenagear a era de ouro do cinema, por isso ela tem este visual retrô super estiloso e marcante. Lembra muita a colaboração Givenchy e Audrey hepburn, mas vemos também um pouco de Dior, Chanel, Balenciaga.
Chuck vive sua segunda vida plenamente, e suas roupas refletem isso principalmente com muita cor (floridos, amarelos, rosa, vermelho).


Olive fora do ‘Pie Hole’ usa muito floral, num romantismo levado ao extremo, kitsch até, bem diferente do ‘romântico’ suave de Chuck. Traz um pouco do ‘futurismo’ de Courreges e Pierre Cardin, principalmente seu uniforme de trabalho.


‘Pushing Daisies’ foi o vencedor do prêmio de Melhor figurino para Série de TV pelo Sindicato dos Figurinistas dos Estados Unidos em 2008.

***
Acho que colocaria esta série como um exemplo de maximalismo na TV, pelo requinte nos detalhes de caracterização e construção dos personagens, que não é fechada, eles deixam uma brecha para irmos além com a nossa imaginação.