terça-feira, 17 de março de 2009

Maximalismo

Procurei e procurei, mas não achei uma boa definição para este termo, então ajuntei algumas coisas e costurei tudo com minhas idéias.

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Antes de mais nada, é bom deixar claro que maximalismo não tem nada a ver com esta onda de max-acessórios.

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Como todos movimentos, este também é amplo e quer englobar tudo. Aqui a máxima é "More is more", ou ainda “Less is bore”.
O detalhamento é a parte essencial, portanto o Maximalismo está ligado a um desenho elaborado, com uma preocupação que envolve todas as escalas do objeto, do macro ao micro, criando uma peça visualmente rica e complexa. Em literatura chamam de ‘realidade histérica’, e está ligado a aqueles escritores que descrevem tudo com precisão enciclopédica (senão me engano os livros do Jô Soares são assim).


As obras deste ‘movimento’ podem as vezes parecer caóticas, por não seguirem um padrão claro, mas possuem uma ordem interna, como os fractais por exemplo.

Em boa parte dos expoentes deste movimento combinam tradições históricas e práticas culturais com a vontade de fazer arte, com o pensamento contemporâneo, e produzem algo novo.

Com isso vem o resgate do artesanato e a valorização de manifestações artísticas tradicionais. Por isso vemos aí a valorização do bordado, do tricot, do trabalho manual, e da peça única, dramática, que acentua a personalidade de quem usa.
Isso tudo traz uma valorização do indivíduo (o individual está no coração), na busca de coisas com alma, de um ambiente mais ‘vivo’. E como este indivíduo lida com a influência externa? Talvez como o Movimento Antropofágico (Oswald de Andrade, 1928), sem cair na armadilha modelo e cópia.

O mundo onírico é bastante presente, justamente porque a imaginação do criador vai além (se você for dar corda para minha imaginação, que ela seja infinita!).

Por um bom tempo o maximalismo estava relacionado ao mal gosto (para alguns ainda está), aos novos ricos que sem refinamento algum gostavam de esbanjar e de muita opulência. O mercado produziu o que estas pessoas queriam consumir (roupas, carros, casas, pinturas), era moda. Hoje vivemos outros tempos e o público alvo não é o mesmo.
Estas são algumas palavras-chaves: Justaposição – heterogeneidade – policromia – amalgamar - bombardear

Alguns exemplos:

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Me identifico muuuuuuuito.


Um comentário:

Marcos M. disse...

Ah, tem um texto do Rem Koolhaas chamado The Bigness...talvez tenha algo a ver... me lembro de uma exposição coletiva em SP chamada 'O Exagero'.
Adorei!